Transporte

Como minimizar a alta do diesel na operação do transporte coletivo?

O diesel representa mais de 30% dos custos do transporte coletivo, e esse insumo está cada vez mais caro. O quê fazer? A solução para minimizar isso passa por tecnologias para racionalizar a operação.

A alta dos combustíveis em função de oscilações no preço do barril de petróleo calculado em dólar e da guerra na Ucrânia tem pressionado o custo dos deslocamentos nas cidades. Essas flutuações mexem com as escolhas diárias das pessoas e têm preocupado gestores do transporte coletivo.

Ajustar os preços das passagens para cobrir a alta no preço do diesel pode afastar passageiros e, ao mesmo tempo, impactar ainda mais na inflação. Não reajustar, entretanto, aumenta o abismo entre o custo do sistema e a tarifa cobrada na roleta.

Em São Paulo, por exemplo, a projeção para 2022 realizada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo – SPUrbanuss é de que o sistema custe R$ 9,5 bilhões e a arrecadação com as tarifas não ultrapasse os R$ 4,5 bilhões. O déficit é de R$ 5 bilhões. Valor que ainda pode crescer.

No último dia 10 de maio, o preço do óleo diesel subiu 8,9% nas refinarias. Com esse novo reajuste, a alta acumulada é de mais de 80% nos últimos 12 meses. O diesel representa 32,8% da tarifa do transporte coletivo. E as empresas se perguntam o que fazer em um momento em que precisam retomar a demanda pré-pandêmica sem condições de manter preços atrativos.

Ainda segundo o SPUrbanuss, este percentual acumulado está bem acima da inflação do período, e representa um impacto na tarifa pública de 26,5% no último ano.

Reduzir o consumo é uma das saídas.

Para isso, a tecnologia é uma aliada na operação. A prioridade seletiva da DATAPROM para o transporte coletivo nas cidades tira os ônibus de engarrafamentos e traz economia de combustível, uma vez que ele fica menos tempo parado no sinal vermelho.

Curitiba é uma das cidades em que esse sistema está instalado. Um levantamento realizado pela Urbs, gestora do transporte na cidade, mostrou que a linha Ligeirão Boqueirão sentido Centro passa direto em 80% dos cruzamentos no horário de pico (27 dos 33 semáforos do trajeto), ficando parada no semáforo por apenas 2 minutos na época do estudo.

E como essa solução opera?

Em média, o tempo de verde pode ser estendido de 1s a 15s quando o ônibus passa pelos sensores. São esses sensores que levam a comunicação das tags instaladas nos veículos ao controlador semafórico da DATAPROM. Se o estágio semafórico estiver em amarelo ou vermelho, um percentual de redução desse tempo é pré-programado para que o veículo fique menos tempo parado.

E menos tempo parado no semáforo significa menor queima de combustível e, consequentemente, menor custo para operador e para os passageiros.

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