Trânsito seguro

Salvando vidas: conheça as soluções da DATAPROM para ferrovias

O conflito em cruzamentos rodoferroviários é um problema antigo, mas que pode ser resolvido com a aplicação de soluções tecnológicas e inteligentes.

 

Quem chegou primeiro? a ferrovia ou a cidade e seu trânsito rodoviário?

Essa discussão parece não ter fim quando o assunto é passagem em nível. A verdade é que a coexistência desses dois modais dificilmente deixará de existir. Mas as chances de acidentes podem diminuir consideravelmente com a aplicação adequada de normas e de soluções inteligentes para esses cruzamentos. E tem muita gente pensando sobre isso.

Em junho deste ano, na cidade de Curitiba, pai e filho cruzavam uma passagem em nível a bordo de um Renault Sandero no bairro Cajuru quando foram abalroados por um trem. A sinalização no cruzamento da Rua Rutildo Pulido, onde ocorreu o acidente acima, é passiva, ou seja, permanece inalterada independentemente da presença de veículos ferroviários. Como manda a legislação.

Em passagens em nível como no exemplo acima, cabe aos motoristas e pedestres redobrar a atenção e respeitar à legislação do trânsito que prioriza a passagem do trem. A multa para o motorista que desrespeita isso, inclusive, é gravíssima. Mas a tecnologia ponde contribuir para evitar situações como essas. e existem opções de sinalização que reduzem esses conflitos

O tipo de sinalização a ser aplicada em uma passagem de nível vai depender de critérios técnicos que seguem as normas da ABNT, como visibilidade, velocidade do trem e do tráfego rodoviário e volume desse fluxo. Todas essas variáveis são analisadas para chegar a uma pontuação que dirá se aquele cruzamento precisa de uma passagem passiva ou ativa.

As normas dizem que esses cruzamentos precisam ter espaço asfaltado antes dos trilhos, pintura horizontal específica e sinalização vertical com a famosa cruz de Santo André, com as palavras “Cruzamento Via Férrea”, e demais placas de advertência.

MAS A TECNOLOGIA AVANÇOU PARA ALÉM DISSO.

Hoje é possível instalar sensores de contadores de eixo nos trilhos ou laços indutivos sob eles. Ambos detectam a aproximação do trem e combinam essa informação com a cancela, badalos e luminosos — todos acionados automaticamente a partir da aproximação da composição.

Esse é o caso das passagens em nível instaladas nas linhas de VLT do Ceará, do consórcio Metrofor. A DATAPROM tem duas PNs inteligentes nesse consórcio, com acionamento automático de cancelas no estado nordestino. Uma delas é a Linha Oeste, em Fortaleza. A outra é o VLT do Cariri, que liga as cidades de Juazeiro do Norte e Crato, no interior do estado.

MALHA FERROVIÁRIA

Segundo o último levantamento realizado pelo Programa Nacional de Segurança Ferroviária (Prosefer), o Brasil tem uma malha ferroviária cerca de 15 mil quilômetros de extensão com 3.375 passagens. À época foram analisados 17 corredores no país. O Ministério da Infraestrutura aponta para o dobro dessa malha, mas não tem dados sobre as passagens em nível. Não há também informações sobre quantas dessas PNs têm sinalização ativa ou passiva.

E os conflitos (e perigo) ainda são situações recorrentes nesses cruzamentos. De acordo com dados da ANTT, somente no Paraná, foram 290 abalroamentos envolvendo trens entre 2020 e 2021 – 71 deles apenas em Curitiba. A capital paranaense tem 37km de linha férrea, com 47 passagens em nível instaladas – sendo 14 delas com sinalização ativa por semáforos.

SETOR VÊ ACIDENTES CAÍREM

O Índice de Acidentes Ferroviários Médio, produzido pela Agência Nacional da Transportes Terrestres, indica queda de 38% nesses acidentes na última década – passando de 24,47 acidentes por trilhão de trem.km em 2009 para 15,17 em 2019. Com exceção de 2015, quando houve uma alta nesse indicador, os demais seguiram tendência de queda, com pouca oscilação nos últimos 3 anos.

VEJA O GRÁFICO:

 

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