O poder da mobilidade

Saiba como a bicicleta pode ser uma aliada do transporte coletivo

A intermodalidade é um dos fatores que pode ser trabalhado para atrair mais passageiros para o transporte coletivo de massas. Veja resultados de onde isso foi aplicado

Crédito: Pedro Ribas / Secretaria Municipal da. Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba

O Dia Mundial da Bicicleta foi instituído para a data 3 de junho pela Organização das Nações Unidas (ONU). A ideia é lembrar como esse modal contribui para a economia, saúde e para a mobilidade urbana nas cidades. Mas gostaríamos de destacar outro detalhe: Você sabia que ela pode ser um grande aliado para atrair mais passageiros para o transporte coletivo de massas?

A sustentabilidade do transporte coletivo depende de um carregamento de pessoas compatível com a oferta e da ampliação das formas de financiamento. Em geral, as linhas expressas e mais demandadas acabam por financiar a operação dos chamados alimentadores – linhas que levam os passageiros dos bairros mais afastados para os terminais.

E é aí que a conectividade entra. As bicicletas podem fazer o papel dos alimentadores, reduzindo a demanda por essas linhas mais onerosas e deficitárias. Um estudo do Instituto de Política de Transporte e Desenvolvimento (IPTD) mostrou que 87% da população do Rio mora a uma distância de até 3km do acesso direto ao sistema de média e alta capacidade de transporte.

Pensando nisso, na época do levantamento, o IPTD mapeou as rotas percorridas pela população com essa característica para sugerir um planejamento cicloinclusivo nessas vias e nos terminais e estações acessados por elas, como ciclofaixa, abrigos, paraciclos e bicicletários, sistemas compartilhados de bicicletas e integração tarifária com o transporte coletivo.

Exemplo do outro lado do mundo

Em Guangzhou, na China, o BRT é totalmente integrado a um serviço de bike sharing. São mais de 110 estações de compartilhamento instaladas junto às estações do transporte e em torno de 5.000 bicicletas disponíveis para complementar o trecho inicial e o final do deslocamento.

Curitiba parece seguir caminho similar. A prefeitura da capital paranaense já aprovou os projetos para reconstrução dos terminais do Campina da Siqueira e do Hauer. Ambos os espaços serão completamente remodelados e ampliados, com investimentos na ordem de R$ 20,4 milhões e R$ 18,36 milhões, respectivamente. Como característica comum, os projetos contam com a intermodalidade e contarão cada bicicletários com 108 vagas, vestiários, sanitários, guarda-volumes e serviços de reparos para bicicletas.

Além disso, Curitiba tem investido na qualificação e ampliação da estrutura voltada a quem se locomove de bicicleta. A malha cicloviária da cidade conta com 249,2 quilômetros, e uma meta de alcançar, até o ano de 2025, um total de 408 quilômetros de estruturas voltadas para quem anda de bicicleta.

Sobre o Dia Mundial da Bicicleta

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2008, o Dia da Bicicleta foi um consenso entre 193 países, incluindo o Brasil, que determinaram que a esse modal é um meio de transporte sustentável, barato, acessível e limpo, e que contribui para a economia, o corpo humano e a mobilidade urbana.

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