Mobilidade

Feira Lat Bus 2022 discute nova realidade do transporte coletivo

Evento organizado pela NTU discutiu o novo cenário do transporte coletivo e apresentou inovações tecnológicas para o setor. Os destaques foram os veículos com novas matrizes energéticas.

A Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU) realizou neste mês de agosto a feira do transporte coletivo Lat Bus 2022. O evento, que foi promovido no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, está discutindo, principalmente, o novo cenário do transporte coletivo e apresentando soluções tecnológicas para o setor. Os destaques vão para os veículos com novas matrizes energéticas.

Desenvolvedora de Sistemas Inteligente de Transporte (ITS) de importantes cidades brasileiras e sempre atenta ao desenvolvimento tecnológico e do mercado, a DATAPROM visitou o evento, que contou com a participação do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco.

“O transporte coletivo é um serviço de direito público. Isso quer dizer que atividade deve ter a presença do estado para que haja cidadania e garantia da dignidade da pessoa humana. Nosso papel, e da iniciativa privada também, é garantir a oferta de veículos de qualidade, com o máximo possível de conforto, e agora promovermos a oferta de veículos menos poluentes com a substituição da matriz energética da frota”, disse Rodrigo Pacheco.

Presente no evento, Gustavo Bonini, vice-presidente da ANFAVEA, ressaltou que a produção nacional já vem caminhando nessa substituição da matriz energética do transporte coletivo.

“Já vemos diversas novas tecnologias no Brasil. Como eletrificação, uso do gás, diesel verde. Elas já estão implementadas, e gradualmente vão entrando dentro do segmento e do uso de cada uma das frotas, afirmou Gustavo Bonini.

A 35ª edição da feira do transporte coletivo foi a primeira organizada de forma presencial após a eclosão da pandemia da Covid-19. O impacto econômico dessa crise sanitária e a retomada do setor também foram objetos de discussão durante o evento.

A Associação Nacional Dos Fabricantes De Ônibus (FABUS), por exemplo, apresentou dados de produção de ônibus no Brasil. De acordo com a associação, já foram produzidas 10.500 unidades de chassis entre janeiro e junho deste ano – alta de 28% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Nossa produção caiu 50% nos dois últimos anos. Mas estamos retomando, e acreditamos que chegaremos na mesma produção de 2019. Tivemos um crescimento de 28% no mercado interno em relação ao ano passado e 51% para exportação. Por isso, temos uma boa expectativa”, disse Ruben Antonio Bisi, presidente da Associação Nacional Dos Fabricantes De Ônibus (FABUS).

Novos modelos de financiamento

O transporte coletivo teve uma perda R$ 27 bilhões nos últimos dois anos em função da redução da demanda causada pela crise econômica e distanciamento social como medida de contenção da Covid-19. Além disso, a alta média nos custos de insumos ficou na casa dos 35%, puxada principalmente pelo diesel.

Diante desse cenário, os participantes do evento da NTU discutiram medidas para financiar a operação do transporte de coletivo de modo a reduzir a participação da tarifa paga pelo passageiro como fonte de custeio dessa conta.

“Separar a tarifa do passageiro da tarifa de remuneração é urgente. Acho injusto um comerciante informal, por exemplo, aquele que mais precisa financiar gratuidades. As gratuidades têm de ser mantidas, mas quem têm de financiar é o governo central. Diante do aumento do custo dos combustíveis, o governo alemão, por exemplo, diminuiu o preço do ônibus. E isso trouxe nova demanda para o transporte coletivo. Então, a gente precisa encontrar essa equação para garantir uma tarifa módica e receitas extraordinárias que sustentem esse financiamento”, afirmou Edvaldo Nogueira Filho – presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e prefeito de Aracaju (SE).

Os participantes foram unânimes em um ponto. Essa conta exige rigoroso controle da sociedade. E isso somente é possível com sistemas inteligentes de transporte (ITS), serviços de monitoramento e gestão de frotas e tecnologias em geral que permitam um controle social confiável, eficaz e dinâmico. Além disso, a ampliação e digitalização dos meios de pagamento foram apontadas como medidas urgentes para reduzir custos com mão de obra e atrair mais passageiros para o sistema.

A DATAPROM é referência internacional quando o assunto implantação de ITS para transformar sistemas de transporte público em ações de mobilidade como serviço (MaaS, na sigla em inglês). Neste ano, Curitiba, um dos nossos clientes, modernizou seu sistema de bilhetagem eletrônica com nossa solução para pagamentos com cartões de crédito, débito, relógios e pulseiras inteligentes. Em 3 meses de funcionamento, mais de 1 milhão de passagens já haviam sido pagas com essas novas modalidades.

É tecnologia da DATAPROM a serviço de um transporte coletivo ainda mais moderno, eficiente e atrativo para a sociedade.

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