Cidades Inteligentes

Veja quais setores devem ter impacto do 5G; Mobilidade é um deles

O impacto do 5G vai muito além da velocidade de conexão nos smartphones pessoais. Setores econômicos e estruturais, incluindo a infraestrutura nas cidades, também serão fortemente impactados pela nova conectividade.  

Crédito: Pedro Ribas – SMCS / Prefeitura de Curitiba

 

O 5G já está entre nós. E agora é hora de analisar quais setores devem ser os primeiros a serem impactados pela nova conectividade. Neste segundo semestre, a ANATEL realizou o leilão que concedeu as faixas de frequência para operação do 5G no país, e mais recentemente começaram as instalações das novas antenas nas cidades.

A nova conexão está presente em Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Salvador (BA), Florianópolis (SC), Palmas (TO), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES). E a previsão é de que esteja em todas as capitais até o fim do mês de setembro.

Em um primeiro momento, a percepção mais evidente será nos smartphones pessoais. Já há uma busca das pessoas no mercado por aparelhos com compatibilidade pela nova conexão.

Mas setores econômicos e estruturais como a indústria, o sistema bancário, o Agronegócio, a Saúde, a geração e Energia e a infraestrutura nas cidades também serão fortemente impactados.

Com o incremento de uma conectividade sem fio de altíssima velocidade e baixa latência proporcionada pelo 5G, começarão a ser desenvolvidas novas soluções nas áreas da Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial. E o avanço dessas áreas trará impacto direto no modelo de produção e oferta de serviços nesses setores econômicos.

Na agricultura, por exemplo, expectativa de chuva, quantidade irrigação e de aditivos agrícolas, tudo poderá ser mensurado e acionado a partir de sensores aplicados nas propriedades rurais. Em entrevista à TV Senado, Joaci Medeiros, Coordenador técnico do Instituto CNA, disse que o 5G no Agronegócio poderá trazer um impacto de até R$ 67 bilhões de dólares na economia brasileira até 2035.

Essa mesma lógica de automação e eficiência trazida pelo 5G ao campo também poderá ser levada para a indústria, comércio e serviços. E não é diferente com a infraestrutura nas cidades.

“Você terá câmeras o tempo todo monitorando áreas de tráfego e alimentando sistemas de computação em bordo ou nuvem, que vão fazer o controle semafórico e o diálogo desses com os veículos”, analisa Gustavo Correa Lima, gerente de Soluções de Comunicações sem Fio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD).

ANTENAS

Diversas cidades brasileiras já estão se preparando com antenas para servir a essas novas frequências.

Segundo a ANATEL, a ativação do sinal em São Paulo já no início do mês de agosto ocorreu devido ao número expressivo de pedidos para instalação de antenas do 5G – acima do previsto no edital que autorizou o uso da nova tecnologia. Seriam, no mínimo, 462 estações ativadas até 29 de setembro. Mas a capital paulista já registrava 1.378 pedidos até o dia 2 de agosto.

A instalação das antenas ajudará na antecipação do funcionamento do 5G puro, o standalone.

E esse é um dos desafios das operadoras de telefonia, que poderá ser superado com o uso da infraestrutura pública já existente. Estima-se que a conectividade 5G demande de 5 a 10 vezes a quantidade de antenas hoje instalada no país. De acordo com o edital do 5G, o Brasil possui 103 mil antenas de comunicação para sinal de internet. No caso da nova conectividade, as antenas são menores e podem ser adaptadas à semáforos, fachadas de condomínio e iluminação pública.

LUMINÁRIAS INTELIGENTES

As chamadas luminárias inteligentes com antenas 5G integradas, inclusive, já estão sendo instaladas em cidades brasileiras. E elas facilitarão que a conectividade chegue a mais pontos das capitais brasileiras. O edital que concedeu as faixas de frequência determina que o 5G chegue a todos os municípios brasileiros até 2029. No caso de localidades com pouca ou nenhuma conexão, o padrão mínimo de quarta geração para redes móveis deverá ser garantido.

“SILÊNCIO POSITIVO”

Para facilitar essa disseminação, foi sancionada uma lei federal que autoriza as operadoras a instalarem infraestrutura de telecomunicações em áreas urbanas quando o órgão competente não se pronunciar sobre o pedido em 60 dias após o protocolo. O instrumento é conhecido como “silêncio positivo”. A legislação, entretanto, permite a cassação da autorização caso as regras estipuladas sejam descumpridas.

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